Os professores da rede municipal de ensino de Teresina decidiram, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (18), manter a greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação da categoria é um reajuste salarial superior aos 6,5% concedidos pela Prefeitura de Teresina.
Na semana passada, o prefeito Silvio Mendes anunciou um aumento de 6,5% no piso salarial dos professores, válido para profissionais ativos e aposentados, com efeito retroativo a 2 de janeiro. No entanto, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) contesta o percentual, alegando que não atende à legislação vigente.
Segundo o diretor do Sindserm, Sinésio Soares, o reajuste não corrige adequadamente o piso da categoria, descumprindo leis federais e municipais, além de um acórdão anterior que determinava um aumento de 15,8%. Ele também destacou que o aumento no repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) justificaria um reajuste maior.
"Em janeiro, houve um repasse histórico de R$ 83 milhões, R$ 14 milhões a mais que no mesmo período do ano passado. É perfeitamente possível cumprir o que determina a legislação, basta negociar", afirmou Soares.
O vereador Bruno Vilarinho, líder do prefeito na Câmara, afirmou que a gestão municipal está aberta ao diálogo. "O secretário de Educação, Ismael Silva, que é professor, sempre esteve disposto a dialogar com os professores. A prefeitura tem trabalhado para valorizar os servidores, mas o reajuste de 6,5% é o que o município pode oferecer no momento", declarou.
A Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou oficialmente sobre a greve. O espaço segue aberto para esclarecimentos.