Foto: Ascom
O modelo desenvolvido no Piauí para a recuperação de celulares roubados agora servirá de base para ações em todo o Brasil. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) confirmou que o Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares já está em vigor e foi construído a partir da experiência bem-sucedida implementada pela Secretaria de Segurança do Piauí.
A ferramenta é fruto de um grupo de trabalho com participação das polícias civis de todos os estados. Segundo o MJSP, o protocolo será apenas recomendado, ficando a critério de cada estado adotá-lo ou não.
A principal inovação do protocolo é a integração com o aplicativo Celular Seguro, que recebeu uma atualização com o Modo Recuperação. Com isso, aparelhos furtados ou roubados passam a ser rastreados quando um novo chip é inserido, permitindo que as polícias localizem e recuperem os dispositivos.
Inspirado na experiência piauiense, o projeto já resultou na recuperação de mais de 11 mil celulares no estado. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria da Segurança do Piauí, a iniciativa também integra ações como operações de intimações em massa, operações Interditados e restituição dos aparelhos aos donos legítimos.
O impacto foi significativo: houve uma redução de 46,67% nos roubos de celulares no Piauí e 44,77% em Teresina, conforme dados oficiais. O sucesso se deve ao uso de uma base de dados com os IMEIs (número de identificação do celular) registrados em boletins de ocorrência, cruzados com informações das operadoras telefônicas para identificar os aparelhos usados com novos chips.
A partir da identificação, os usuários são notificados de que estão utilizando um aparelho roubado e orientados a entregá-lo às autoridades. A ação agora ganha força nacional com o apoio do MJSP, que anunciou também uma nova fase do Programa Celular Seguro, voltado especificamente para a recuperação de aparelhos.
Desde segunda-feira (7), mensagens do Ministério da Justiça começaram a ser enviadas para usuários com celulares bloqueados por roubo, furto ou perda. A ideia é que, além de comunicar o crime, o sistema permita o bloqueio imediato do aparelho, de aplicativos bancários e de demais acessos ao dispositivo.